Educação na era Lula

José Janguiê Bezerra Diniz nasceu em Santana dos Garrotes, na Paraíba, e cresceu em Pimenta Bueno, Rondônia. Ainda criança, foi engraxate, vendedor de laranjas e de picolés e locutor de rádio. Graduou-se em Direito pela UFPE e em Letras pela Unicap. É especialista, mestre e doutor em Direito. Foi juiz do trabalho e procurador do Ministério Público do Trabalho. Hoje, comanda um dos maiores grupos educacionais do Brasil, com representações em todos os estados do país.

Boa leitura para você que é um privilegiado em saber ler. Para 14 milhões de brasileiros, estas palavras nada representam, são apenas manchas pretas em papel branco.

O Governo Lula deu continuidade a medidas iniciadas na gestão do seu antecessor Fernando Henrique Cardoso.

Estamos entre os piores do mundo no que se refere a educação básica, segundo os dados do Programa Internacional de Avaliação dos Alunos (PISA)

Comparar a escola pública com uma empresa privada, no Brasil, é o mesmo que cometer um pecado capital.

O raciocínio estaria correto, se os fatos não o desmentissem. Segundo o estudo da Unesco, 58% dos professores trabalham apenas em uma escola e apenas 9% atuam em três locais de trabalho.

Como professor que sou há mais de 18 anos, concordo que educar é um trabalho árduo. Mas considero que, tais quais estão os bastidores - diretores de escola, governo, comunidade -, quem está na ponta desse processo deve ser visto como agente ativo.

Educação na era Lula
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Investir em educação é promover o desenvolvimento integral da sociedade. População escolarizada é população com mais saúde, menos violência, com mais oportunidades no mercado de trabalho. Quando se priorizam políticas públicas nessa área, estimula-se o crescimento econômico e social. O Governo Lula triplicou os investimentos públicos na área de Educação. De acordo com dados do Ministério da Educação (MEC), o orçamento da pasta passou de cerca de R$20 bilhões, em 2003, para R$75 bilhões, previstos para 2011. O Governo Lula deu continuidade a medidas iniciadas na gestão do seu antecessor Fernando Henrique Cardoso. Foram expandidas as avaliações do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), derivado do Provão. No Ensino para Todos (Prouni), que oferece bolsas de estudos para alunos carentes em Instituições de Ensino Superior Particulares. Essas são algumas das questões apresentadas nos artigos compilados no presente trabalho, cujo propósito é contribuir com as discussões para melhoria da educação no Brasil. Espero que em um livro futuro, com o balanço das ações desta década, possa publicar uma edição comemorativa dos avanços educacionais. Boa leitura para você que é um privilegiado em saber ler. Para 14 milhões de brasileiros, estas palavras nada representam, são apenas manchas pretas em papel branco.

Veja os assuntos do livro.
Mais de um século depois, a população continua presa às correntes da ignorância.
Não requer muito esforço verificar, na prática, como se manifesta esses cenário de atraso nas nossas escolas.
Temos que possibilitar condição de igualdade, oferecendo uma aparentemente utópica educação básica de qualidade.
Tudo o que citei não é novidade para os que detêm alguma sanidade intelectual, mas no Brasil o hospício das ideias é repleto de membros permanentes, e o que é pior: muitos estão encastelados no braço educacional do poder e trabalham a pleno vapor.
A descentralização do exame seletivo ainda é positiva em outro aspecto, quando prevê que o estudante realize um teste único, aplicado em todo Brasil, no mesmo dia.
Apesar da polêmica em torno do assunto, a ideia da substituição do vestibular, à primeira vista, parece muito boa, uma vez que visa acabar com as chamadas "pegadinhas".
Evidentemente, o problema não é exclusividade do Brasil. As escolas americanas também sofrem com o apego dos antigos modelos educacionais.